Lendas de Passo Fundo
Mãe Preta
Diz a lenda que Mariana, conhecida por Mãe Preta, era uma escrava do Cabo Neves senhor dessas glebas e que tinha um filho que era a sua alegria. Certa vez, o jovem fugiu de casa e não mais retornou, causando assim a morte de sua mãe. Das lágrimas de Mãe Preta teria brotado uma fonte. Antes de morrer, Mãe Preta foi visitada por Jesus Menino, que lhe disse que não chorasse, porque seu filho se encontrava na mansão celeste. Jesus ter-lhe-ia dito ainda: - Em recompensa de tua dor, pede o que quiseres que te darei. Mãe Preta então pediu: - Dá-me a felicidade de ir para junto de meu filho, mas como lembrança quero deixar esta fonte, para quando aquele que dela beba, retorne sempre a esse lugar. O chafariz foi construído em terras do Cabo Manoel José das Neves, mais tarde promovido a alferes e capitão, que foi o primeiro morador proprietário da gleba. Mais tarde ele doou suas terras para a fundação da freguesia, depois vila e hoje cidade de Passo Fundo. Serviu este chafariz primitivamente para dar abastecimento à vila de Passo Fundo, cujo transporte era feito pelo elemento servil.
Semente Prodigiosa
Conta-se que na revolução de novembro de 1891, que derrubou do poder o Dr. Júlio de Castilhos, substituindo-o por uma junta governativa, reuniu-se nesta cidade uma numerosa força do Partido Federalista, sob o comando do Cel.Prestes Guimarães. Nesta ocasião surgiu uma grande notícia: como prêmio aos patriotas que tinham tomado armas em favor da revolução, a junta governativa lhes distribuiria, quando fossem dissolvidos, a semente de uma planta fabulosa que, semeada, produziria mandioca na raíz, cana-de-açúcar na haste, arroz na flor e milho na espiga... Seria uma tremenda recompensa, se não fosse pilhéria de algum desocupado!
Fonte:
Batalha do Pulador
Em 24 de junho de 1894, durante a Revolução Federalista, o Cel. Antônio Ferreira Prestes Guimarães, tendo conhecimento da chegada de Gomercindo Saraiva, chefe da causa revolucionária que veio do Paraná com suas tropas reforçadas, foi aguardá-lo na fazenda do falecido Joaquim Fagundes dos Reis. Com essa união Prestes Guimarães fortificou-se. Depois de passar pelo centro da cidade, a tropa revolucionária foi acampar no Pinheiro Torto. No dia seguinte ao encetar marcha para frente, em direção à Cruz Alta, encontrou no Umbú os postos mais avançados dos legalistas, com os quais travou combate, fazendo-os recuar até o Pulador. Após seis horas de combate, os legalistas sairam vencedores e os revolucionários se viram obrigados a recuar até o Pinheiro Torto, onde atenderam aos feridos e mais tarde rumaram para Soledade. Já os legalistas seguiram o rumo de Cruz Alta. A segunda batalha do Pulador ocorreu em 28, 29 e 30 de junho quando o Cel. Santos Filho (legalista) retornou a Passo Fundo encontrando o comandante Verissimo (revolucionário) que aqui havia ficado com sua tropa. O número de mortes, de ambas as facções, alcançou mais de cinco centenas e cerca de mil feridos.
Fonte:
SOBRE PASSO FUNDO